Cañas pendura as raquetes

Ex-número 8 do ranking mundial, o argentino Guillermo Cañas não é mais jogador profissional. Aos 32 anos, ele confirmou nesta semana que agora trabalhará do outro lado das quadras, sendo o treinador do tenista chileno Paul Capdeville. Além disso, ele, ao lado do compatriota Gastón Gaudio e do norte-americano Wayne Odesnik, vem treinando crianças e adolescentes no Centro de Treinamento de Key Biscayne, em Miami, nos Estados Unidos, local no qual é realizado o Masters Series de Miami.

O anúncio feito pelo tenista já era esperado por mim. Eu passei, junto com minha família, as festas de final de ano em Miami, e visitei o complexo esportivo de Key Biscayne. Quando estavamos prestes a ir embora, encontrei Cañas andando sozinho por um dos corredores. Com meus dois irmãos pedimos para tirar fotos e batemos uma rápida conversa. Dava para notar seu cansaço com o esporte. Além de confirmar que não jogaria mais profissionalmente, ele fazia questão de enfatizar as razões para a aposentadoria.

"Parei. Não tenho mais gana de jogar. Perdi a vontade de treinar, estava tudo muito desgastante para mim", declarou o argentino.

Perguntei se ele planejava jogar algum torneio de despedida. Ele, na época, confirmou um convite para jogar o ATP de Buenos Aires, que começará na próxima segunda-feira.

" Recebi um convite para jogar o ATP de Buenos Aires, mas não devo aceitar. Sei que seria legal receber essa homenagem, mas não estou mais com vontade. Se acontecer, vai ser somente esse torneio e só", Finalizou.

Durante sua brilhante carreira, que começou em 1995, Guillermo Cañas colecionou 7 títulos. O último foi no Brasil Open, em 2007, quando derrotou o espanhol Juan Carlos Ferrero. Além desta conquista, neste mesmo ano, o argentino entrou na história ao vencer duas vezes seguidas o suíço Roger Federer em menos de uma semana. No entanto, com diversas lesões e também um gancho por doping em 2006, impediram que ele tivesse melhores resultados.