Único participante dentre os tenistas do Rio Champions que nunca esteve no seleto grupo dos top 10, Fernando Meligeni (foto), não se importou com a posição de azarão e jogou como um autêntico campeão no torneio carioca, válido pelo circuito mundial de veteranos. Depois de passar por nomes como do sueco Mikael Pernfors e do sul-africano Wayne Ferreira, Fininho não tomou conhecimento do australiano Mark Philippoussis, que aos 33 anos, ainda luta para continuar no circuito da ATP. Cinco anos mais velho que o adversário, Fininho apresentou-se em grande forma física e em um altíssimo nível técnico. Com suas habituais jogadas de raça e improvisação, ele levantou o público presente no ginásio do Maracanãzinho para vencer a decisão por dois sets a um, parciais de 6/4, 2/6 e 10/8. Além do título, seu primeiro neste tipo de evento, Meligeni também levou um cheque de US$ 60 mil, e ainda 800 pontos na classificação do circuito.
Dura na CBT - Logo após de colocar o tênis brasileiro novamente em alto patamar, com o título do Rio Champions, Fernando Meligeni voltou a cutucar e criticar abertamente a Confederação Brasileira de Tênis, CBT. Capitão da equipe nacional na Copa Davis, em 2006, Fininho atacou o presidente da entidade, Jorge Lacerda, pedindo transparência do dirigente em seu mandato. Ele, que ajudou na campanha para Lacerda se eleger, quer quer o cartola apresente um boleto financeiro dizendo o quanto a CBT está ganhando em relação aos patrocínios, seus gastos com profissionais, e os valores do auxílio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
"O que me entristece não é o trabalho dele. É a gente não conseguir saber o quanto que tem e pra onde está indo todo esse dinheiro. Eu acredito que o Jorge não está dando uma de Nélson Nastás (ex-presidente da CBT, acusado de desvio de verbas). O que não consigo acreditar mais é na plataforma política dele, que era de transparência. Foi assim que a gente apoiou ele. Essa é minha grande crítica. Quanto ganha o Emílio Sanchez (ex-tenista espanhol, que agora coordena o tênis brasileiro)? Quanto está se dando para o atleta profissional? Quanto se tem dos Correios? Quanto se tem do COB?", indagou Fininho, que também é contra a ajuda financeira que a CBT dá aos principais atletas do País no circuito profissional. Para Meligeni, essa verba poderia ser fornecida para a nova geração.
"Acho que não se tem que dar dinheiro para o Thomaz Bellucci, o Thiago Alves, o Marcos Daniel ou o André Sá, que considero meu irmão. Esses caras já ganharam mais de 1 milhão em prêmios. Para quer dar mais R$ 10 mil por ano? Dá para a molecada de 12 anos", declarou.
Meligeni mandou muito bem!!
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