Em protocólo de apresentação determinado pela organização do Rio Champions, o russo Marat Safin robou a cena na primeira entrevista coletiva do evento. Ex-número 1 do ranking mundial, e recém-aposentado, o tenista foi o grande centro das atenções dos jornalistas presentes. Carismático e muito bem-humorado, ele não escondia a felicidade de participar do torneio."É até engraçado já estar de volta em tão pouco tempo. Mas o Jim (Courier) me convenceu a jogar esse torneio. É uma honra jogar ao lado dessas lendas do esporte. Não posso dizer que são aposentados porque senão vão brigar comigo", brincou Safin, que aos 30 anos, analisou a razão de decidir parar de jogar.
"É melhor eu parar com o tênis do que o tênis parar comigo. Vou sentir saudades, mas estou muito satisfeito com tudo que fiz", analisou o russo.
Perguntado pelo "Game, Set and Match!" sobre sua rivalidade com Gustavo Kuerten, Safin não deixou escapar sua mágoa contra o antigo adversário. Para ele, Guga foi sua grande "pedra no sapato" durante a carreira.
"Guga é um herói, é um ídolo. Ele foi muito importante para o tênis, pois apresentou um jogo mais dinâmico, mais rápido, mais agressivo. Nós tivemos grandes jogos, mas nunca vou esquecer que ele me tirou o número 1 em 2000. Jamais vou esquecer e perdoar", disse Safin.
1ª vez no Brasil - Questionado pelo "Game, Set and Match!", porque nunca atuou em um torneio no Brasil, ou pela América do Sul, Safin foi enfático:
"Desde juvenil aprendi que não era interessante jogar os torneios na América do Sul. Além de jogar no saibro, piso que não atuo melhor, aqui o trabalho é muito duro, para se ganhar muito pouco. Se eu viesse jogar um torneio de US$ 50 mil, enfrentaria uma chave dura, com Fernando Meligeni, Juan Ignacio Chela, Gastón Gaudio ou Guga. Acabaria me matando para perder na semifinal e ganhar um prêmio de US$ 10 mil. Descontando o preço da viagem, não sobraria muita coisa. Por isso sempre preferi jogar os torneio na Europa ou nos Estados Unidos", argumentou.
Foto: Luiz Pires / FotoJump
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